A ideia de escrever este livro foi concebida no dia em que parti para
um país até então desconhecido, o Brasil.
Tudo começou com a anulação injustificável da eleição presidencial
da Nigéria nesse ano por M.K.O. Abiola, que mais tarde foi assassinado
na prisão. O medo do desconhecido não era a minha maior
preocupação, mas deixar os entes queridos e amigos. Porém, eu
tinha que enfrentá-lo e colocar de lado todos aqueles sentimentos
e obstáculos. Ao chegar ao Brasil, fiquei abalado com as grandes
diferenças entre a Nigéria e o Brasil. Mas muito rapidamente comecei
a me ajustar à minha nova realidade. Como um ávido amante da
política, comecei a me familiarizar com o cenário político do Brasil.
Itamar Franco, um político urbano, era o presidente da época. Mais
tarde, Fernando Henrique Cardoso assumiu e durante oito anos
renovou a economia, que se encontrava numa situação melancólica.
Finalmente, Lula da Silva assumiu o comando e o que parecia ser
um caminho seguro para a ascensão do Brasil como um gigante
econômico acabou sendo a maior decepção do século. A corrupção
tornou-se um modo de vida no governo e, com o passar do tempo,
parecia que o Brasil nunca iria encontrar uma saída para a confusão
que Lula conduziu o país.
Como eles dizem, tudo o que tem um começo deve ter um fim.
No início do segundo mandato do pupilo político de Lula, o Brasil
testemunhou um segundo impeachment, que salvou o país de ser
transformado em uma Venezuela maior. As coisas praticamente
desmoronaram, sem segurança, alta taxa de criminalidade, falta de
emprego e sistema de educação decadente. Diante de tudo isso, o
sistema de justiça era quase precário, sendo o STF (Supremo Tribunal
Federal) o mais atingido, onde os políticos eram nomeados juízes
pelos presidentes para continuar com as apostas políticas.
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