Desejo de superação foi a ideia superior que inspirou as escritas deste livro. Página por página, tantos momentos em muitos anos de vivência.
A vida tem que prosseguir e a consciência disso precisa despertar.
Choro e lamento se transformam em revolta. Assim foi a infância e adolescência de minha vida de jovem que buscou a vida religiosa e foi frustrada nos primeiros passos da caminhada.
Pais que cuidaram de mim, mas foi da força de minha mãe, guerreira, sensível e justa que eu conheci a expressão da fé. Ela cultivou o jardim em nossa vida de família e foi dela que nasceu a flor de irmã que eu amo muito.
Porém, se existiam sonhos de futuro, todos foram frustrados na infância e na juventude.
Jovem ainda, parti de casa, pensando estar cheia de razões para isso, meados de 1979, uma visão reducionista de liberdade. Foi a primeira queda e quando percebi já estava no chão.
Diante desses e mais dez anos de sofrimentos, aconteceu a primeira maior conquista da minha vida: meu primeiro filho. Receber esse momento foi sofrido, mas eu prometi: “Não tenhas medo, vou te cuidar, serás um grande homem”.
Na experiência de Deus, a porta profissional se abriu e entrei para a polícia civil em Santa Catarina. Foi um homem que me incentivou e que passou a ser a segunda de todas as minhas conquistas.
Tornou-se meu marido, cujos quarenta anos de convivência foram marcados com lealdade e amor. Nosso segundo filho e nada mais era tristeza ou revolta. Eram sonhos.
E a vida continuou nos presenteando e nos trouxe as três meninas para complementar a nossa felicidade. As filhas do coração.
As escritas deste livro tinham duzentas páginas, mas mudavam de dor e lamento para anseios de esperança. Família, profissão, amigos e estudo. Foi o desejo de levar a fé e a esperança às pessoas que abriu as portas para estudar a Psicologia.
Hoje sou psicóloga. Mas tropecei novamente e os propósitos das Leis Superiores que comandam os Mundos e a extensão da vida humana me apresentaram a morte e tiraram de mim o marido. Novamente a queda inesperada me levou ao chão.
Foi difícil entender que a morte não levou tudo e o que está, permanecerá vivo dentro de minha alma: a eterna saudade e a certeza do reencontro na dimensão espiritual.
Posso afirmar sem medo de errar: eu reescrevi a vida. A minha vida se reescreveu. Tão clara como a luz do sol, a consciência despertou.
Hoje só quero cumprir a missão que vem de dentro de mim, falar de anseios de esperança que precisam ser escritos nas páginas em branco da vida, eternizando o desejo de ser feliz, de cada uma das pessoas que cruzar em meu caminho como psicóloga.
Como mãe, mulher e amiga faço um pedido: “Mantenham-me atenta para andar com retidão e não tropeçar, desatenta do amor que tenho por vocês!”.
GRATIDÃO!