Por alguns momentos entro naquele trem e me deixo levar novamente.
Sento ao lado de uma janela, a velocidade diminui, não existe mais a mesma intensidade de vida, de paisagens para me distrair, não as vejo passar, porque olho à procura dele, e o que está à volta já não me chama a atenção.
Constantemente, sinto a sua presença, então acordo dos meus pensamentos, volto para dentro de mim e vejo que não estou só, tenho a minha volta os frutos do nosso amor, que me tiram de tempos em tempos de dentro daquele trem e procuro em outras estações.
Até que eu chegue à mesma estação onde pederei encontrá-lo.
Por algum motivo, eu sinto a necessidade de continuar, então vejo que existe algo dentro de mim que o tempo não parou.