Ao longo das nossas vidas buscamos de todas as formas colocar sobre os ombros dos outros tudo o que de certa forma não ocorreu em nossas vidas exatamente como havíamos planejado.
Porque os outros de alguma maneira conseguiram interceptar os nossos planos.
Quando, por um instante que seja, somos levados a olhar para trás, para visualizarmos tudo o que ao longo das nossas caminhadas pelas estradas da vida chegamos a construir, percebemos apáticos que nada ou quase nada fora erguido.
Quando isso ocorre, nos damos de conta de que passamos pela vida semelhantes a folhas secas que são arrastadas pelo sopro do vento, sem rumo e sem um destino definido.
A sensação de não ter conseguido êxito algum no mundo das evidências, e de acontecimentos que nos transformam em estrelas de primeira grandeza aos olhos do mundo das ilusões, é simplesmente insuportável e desolador.
E esses sentimentos tendem a nos lançar em um estado de completo abandono de nós mesmos, e consequentemente nos transformamos em seres humanos impotentes, fracos e completamente infelizes.