A obra Os homens de Deus aborda um tema espinhoso para a Igreja Católica: o celibato obrigatório dos padres e suas consequentes repercussões nas diferentes mídias por causa dos inúmeros e graves casos de abusos cometidos por padres.
A pressão psicológica que a carga obrigatória do celibato impõe nos ombros de quem não tem esse dom conduz, inevitavelmente, aos impasses no que tange à sexualidade mal resolvida de uma boa parte desse mesmo clero, com violentos reflexos na sociedade, que são os abusos sexuais em larga escala, quer com crianças, quer com adultos.
Esse abalo moral dos escândalos sexuais de padres está levando a Igreja ao descrédito.
Ela, que sempre foi arauto da moralidade e defensora da castidade, e sempre primou por apontar seu dedo moral para os erros da sociedade, vê-se agora no meio de uma terrível tormenta: a incontinência de uma boa parcela do seu clero, que, de homens de Deus, transformaram-se em padres predadores.